Fio de Bigode, com nosso associado Saulo Gouveia.
Certo dia, afligido por problemas pessoais, um homem prometeu que, se eles fossem solucionados, venderia a casa e doaria o produto da venda aos pobres.
Tudo solucionado chegou a hora de cumprir a promessa. Porém, como não desejava mais desfazer-se de tanto dinheiro, pensou num meio de contornar a situação. Colocou a casa à venda por R$ 1,00, mas junto com a casa o comprador teria de adquirir um gato. E o preço do animal foi fixado em R$ 200 mil reais.
Um comprador se interessou em adquirir a casa e o gato. Então, ele deu a moeda de R$ 1,00 aos pobres e embolsou o restante.
Muitas pessoas usam de mil subterfúgios para enganarem. Pensam que enganam a própria consciência e que serão felizes ludibriando os outros. Conseguem seu intento, mas são muito infelizes, pois algo sempre as incomoda, sem que possam definir o que é. O egoísmo, a avareza, a ambição arma as pessoas, mesmo quando se consegue acumular excessos.
Fui comprar um carro para minha esposa e fiz as pesquisas necessárias para a escolha.
Designer, economia, dirigibilidade, e outras. Fui à concessionária, falei com o vendedor, ele deu o preço, os descontos à vista e disse que era preciso confirmar na semana para garantir o aumento do IPI. No dia seguinte com minha esposa fomos pagar e confirmar o pedido. Fizemos fotos, tivemos momentos de alegria e sentamos para tirar o pedido. Ai o vendedor veio com uma conversa de que tinha um aumento e que no dia anterior havia sido passado a ele, neste momento vi outro vendedor deixar 2 vias impressas na mesa dele (que eu estava vendo ele imprimir na outra mesa).
Foi então que o vendedor pegou as duas vias e disse que era do dia anterior. Eu disse que não aceitaria o aumento, pois estava escrito no cartão dele o preço, com a caligrafia dele. Ele insistiu, eu também. Sugeri que ele falasse com o dono da concessionária, afinal quem deveria cobrir uma eventual mudança seria ele. O vendedor foi e voltou dizendo que tudo bem, não iria aumentar. Ótimo. Mas quando ele me entrega o pedido de compra para assinar, estava lá grafado, que o aumento do IPI seria por minha conta. Começou tudo de novo. Desisti, como vou começar um relacionamento com uma concessionaria não confio que já no primeiro contato?
Outro dia vi uma propaganda na TV, de arromba, liquidação anual. Aproveitei para comprar uma máquina de lavar roupa nova. Fui primeiro em outra loja, somente para depois à anunciada, já que ela dizia cobrir qualquer orçamento. Não é que a diferença foi mais de R$ 300,00 e na hora de cobrir, vieram com um tal de deve ser preço de venda de mostruário. E não cobriram. Mesmo mostrando foto do produto e preço.
Um grande banco brasileiro me telefonou para vender um seguro de vida. Com R$ 35,00 garantiria R$ 400 mil. Fiz mil perguntas, procurei achar pegadinhas, não encontrei. Fechei. Já tem três meses que vem debitado no cartão de credito. Recebo a apólice, o que diz? Somente vale para acidente com transporte público, e eu ando de carro próprio. Pode?
Eu acredito que o tempo que gasto para reclamar me custa tanto e que muitos, como eu, deixam para lá. Não deveríamos, mas quem irá me reembolsar o desgaste emocional, e honorários pelo tempo que gastei? As indenizações deveriam ser milionárias, para compensar.
E talvez assim, as grandes empresas repensariam antes de nos tratar assim.
Será que essas pessoas, pensam que suas negociações não atraem vibrações equivalentes com suas desonestidades, e que sua vida não é mais infeliz por isto? Conheço muita gente ansiosa, infeliz, amargurada, e não faz uma ponte entre suas atitudes e sua consciência. Pense nisso, mas pense agora!
Saulo Gouveia (www.seubolso.net)
Seu Bolso – Soluções Financeiras Inteligentes
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