Um dia o cavalo do fazendeiro caiu num velho poço abandonado. O animal não se machucara, mas, pelo alto custo de tirá-lo do poço fundo, o fazendeiro decidiu sacrificá-lo. Determinou, então, ao capataz que começasse a jogar terra em cima do animal até enterrá-lo ali mesmo. Mas à medida que a terra caía-lhe no dorso, o cavalo sacudia, ela ia se acumulando no fundo e ele ia subindo. Assim fez até sair do poço e viver por muitos anos ainda.
Como o fazendeiro muitos outros preferem a solução mais simples, sem buscar outras opções porque elas requerem analisar profundamente os fatos. Querem o sucesso financeiro, mas preferem a negatividade e as reclamações. É mais fácil olhar as dificuldades como empecilhos ao sucesso.
Na verdade, a adversidade é um recurso, um instrumento de aprendizado e especialização. É através da experiência que vamos adquirindo a competência para crescer e evoluir. Quando nos encontramos em meio a uma crise, com espírito renovador e otimista podemos agir cheios de confiança e esperança.
Já o conflito de como usar o dinheiro, entre sócios, casais e filhos é uma oportunidade criativa. Podemos aproveitar toda oposição para refletir e repensar conceitos, consolidando-os cada vez mais, ou mudando aqueles que de fato encontramos necessidade de correção.
Os desafios provocam novas situações e novos caminhos são percebidos. É preciso, então, conviver com obstáculos. Certa vez fui a uma comunidade ribeirinha eu conheci um senhor várzea-grandense que nasceu ao lado do Rio Cuiabá e viveu toda sua vida ali. Nunca fez nada que tirasse sua comodidade. Nada de trabalhos desafiantes, viagens e de sair da zona de conforto. Imagine se conseguiríamos viver assim? Certamente que não. Você diria: “Mas é duro aturar as pessoas que chegam reclamando e trazendo problemas como se fossem um troféu”. Bem eu faço assim: Todas as vezes que uma pessoa chega até mim com um problema ou reclamação, ouço-o com atenção e depois ao invés de ir logo respondendo, peço: “conte-me mais…” . Em nove entre dez vezes a própria pessoa diz a solução.
Se evitarmos levar para o lado pessoal, podemos usar toda nossa capacidade de superação e encontrar novas portas que comumente se abrem toda vez que uma se fecha. Pense: Qual o problema em ter problemas? Pelo prisma que colocamos, podemos até dizer que eles são bem-vindos, pois sem eles estacionaríamos no tempo.
O ideal é saber lidar com os fatos da maneira que se apresentam, aceitando-os como são e assim, evitaremos desperdiçar energias resistindo a algo que não nos agrada, potencializando as nossas qualidades na busca de soluções.
A paciência nos ensina que a cada avanço, novos horizontes são descobertos, desdobrando-se em ações agora alicerçadas na percepção ampliada. Para toda etapa conquistada, surge outra desafiadora e assim sucessivamente, ensejando o crescimento continuado. Então, se estamos conscientes dos próprios limites atuaremos sem pressa e sem aflições, mas com agilidade.
Faz-se necessário fazer um bom planejamento financeiro, que seja contínuo, em busca do objetivo almejado. Não deixe a dificuldade financeira interferir em outras áreas que não sejam as ligadas a ela. Para isso, busque informações adicionais para limitar a sua interferência e também vantagens que nem sempre são óbvias. Depois é ter atitude e entrar em ação.
Faça também exercícios de visualização e imagine quando a adversidade financeira já tiver sido contornada. Não se incomode com a “terra” que lançarem sobre você, apenas mova-se e use-as para o aprendizado evoluindo e subindo na vida. Pense nisso, mas pense agora!
Saulo Gouveia